1992: Fim do lamentável governo Collor, responsável pelo fechamento de importantes produtoras de cinema como Embrafilmes e Concine. Itamar Franco, então, assume o poder e cria Lei do Audiovisual, nº 8.685/93, em que empresas poderiam abater o investimento em obras cinematográficas no IRRF, 3% do total do imposto e o teto de R$ 3 milhões por projeto. Fatores que contribuíram para a alavancada do cinema nacional assim como a estabilidade econômica permitida pelo Plano Real e a Lei de incentivo a cultura. A Globo Filmes foi criada justamente nessa época (1998).
Entre os filmes de destaque dessa época destacamos Carlota Joaquina, A Princesa do Brasil que atraiu 1,3 milhões de espectadores, ainda que se tratasse de uma produção independente e sem grandes campanhas de marketing. Foi exibido em mais de 40 festivais de cinema, o que acabou lhe proporcionando publicidade. Apesar do retorno do público a grande maioria dos filmes assistidos (e exibidos) nos cinemas eram Maria, a Mãe do Filho de Deus, Zoando na TV, Tainá, Uma Aventura na Amazônia. Filmes infantis que eram garantia de sucesso principalmente pelo elenco Global. Produções como Central do Brasil e Cidade de Deus se encaixam nesse contexto, porém são destaques por roteiro e direção originais.
Globo Filmes: mais de 100 filmes produzidos e mais de 120 milhões de espectadores, um conteúdo de muita qualidade técnica e apelo popular. Criada em 1998, a empresa faz cinema em parceria com outras produtoras. Seus filmes são divulgados do Oiapoque ao Chuí, pois contam com o apoio da TV Globo em diversos meios de comunicação. Esse é o diferencial mercadológico da Globo Filmes mais criticado no mundo dos diretores brasileiros. Para muitos seus filmes são carentes de valor artístico e cultural, os longas são uma repetição infinita de clichês e reciclagem de ideias já usadas.
Se pararmos para pensar é o que acontece com a maioria dos filmes de Arraes, pelo menos os mais assistidos. Por mais que sejam interessantes são leituras da literatura para TV e da TV para o cinema. Essa é uma prática bastante comum, muitos livros se tornaram filmes ou minisséries como Memórias Póstumas de Brás Cubas, Capitu, com a incrível interpretação de Michel Melamed, Primo Básilio, Ensaio sobre a Cegueira, etc. E em O Auto da Compadecida, Caramuru: a invenção do Brasil; e Lisbela e o Prisioneiro não foi diferente.
Não se pode ignorar ou diminuir a importância da Globo Filmes para o cinema nacional. De certa forma após a retomada do cinema brasileiro o retorno do público as salas de cinema aconteceu. Mas, de todo modo é um caso a se pensar. Devido à ausência de produtores que possam competir no mesmo mercado, determinados filmes nem sequer são exibidos nas grandes salas dos shoppings. São condicionados a pequenas salas pouco conhecidas ou de acesso limitado à população mais carente. O espaço para competição fica pequeno, e o desenvolvimento cinematográfico do Brasil só tem a perder.
Se pararmos para pensar é o que acontece com a maioria dos filmes de Arraes, pelo menos os mais assistidos. Por mais que sejam interessantes são leituras da literatura para TV e da TV para o cinema. Essa é uma prática bastante comum, muitos livros se tornaram filmes ou minisséries como Memórias Póstumas de Brás Cubas, Capitu, com a incrível interpretação de Michel Melamed, Primo Básilio, Ensaio sobre a Cegueira, etc. E em O Auto da Compadecida, Caramuru: a invenção do Brasil; e Lisbela e o Prisioneiro não foi diferente.
Não se pode ignorar ou diminuir a importância da Globo Filmes para o cinema nacional. De certa forma após a retomada do cinema brasileiro o retorno do público as salas de cinema aconteceu. Mas, de todo modo é um caso a se pensar. Devido à ausência de produtores que possam competir no mesmo mercado, determinados filmes nem sequer são exibidos nas grandes salas dos shoppings. São condicionados a pequenas salas pouco conhecidas ou de acesso limitado à população mais carente. O espaço para competição fica pequeno, e o desenvolvimento cinematográfico do Brasil só tem a perder.